Catas Altas

30/06/2015 10:19

Aos pés da Serra do Caraça a cidade de Catas Altas mantém uma paisagem bucólica, com suas casinhas simples e os muros feitos de Canga, mas não se engane, pois a cidade tem uma grande importância histórica, cultural e ecológica e merece a visita. Minas Gerais é conhecida pelas suas vilas e vilarejos que mantém a vida e os costumes simples do povo da roça.

O lugarejo surgiu no final do século XVII  por volta de 1694 com a descoberta de ricas minas auríferas mais tardes denominadas de Catas Altas. Atribui-se a Domingos Borges a fundação do arraial em 1703 e a história de Catas Altas, assim como de diversas cidades mineiras, está relacionada com o ciclo da mineração no século XVIII.

O nome “Catas Altas” provém das profundas escavações que se faziam no alto dos morros. A palavra “catas” significa garimpo, escavação mais ou menos profunda, conforme a natureza do terreno para a mineração. No povoado, as catas, os garimpos, as minas mais ricas e produtivas, estavam situadas nas partes mais altas, isto é, se encontravam no alto da serra e por isso, a atual cidade ficou conhecida como Catas Altas. “O povo vendo que cada vez mais que o ouro estava diminuindo nos leitos dos rios e córregos, e com abundância nas partes altas, diziam: ‘as catas estão altas’, ‘as catas estão ficando em lugares mais altos’, ‘as catas estão em lugares de mais difícil acesso’.

A cidade possui ainda um interessante chafariz e um curioso aqueduto conhecido como Bicame de Pedras, criado para levar água da serra para a lavagem do ouro extraído na região.

A região também é rica em atrativos naturais, com diversas cachoeiras, trilhas e picos que colocam o visitante em um contato intenso com a natureza. Entre as cachoeiras destacam-se a da Santa, a do Maquiné e a do Rio Valéria.  O povoado de Morro da água Quente, pertencente a Catas Altas tem outros atrativos, como a Cachoeira do Quebra Dedo e o Pico do Baiano.

 

Santuário do Caraça é outro atrativo da cidade: imperdível

Catas Altas é juntamente com Santa Bárbara guardiã do Santuário do Caraça, uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), tem  natureza exuberante, com várias cachoeiras, trilhas, picos e grutas, tudo em uma área de 11.233 hectares onde convivem os ecossistemas da Mata Atlântica e do Cerrado. No Caraça é que acontece o conhecido encontro com o Lobo Guará, que vem se alimentar nas escadarias do santuário, possibilitando registros e uma experiência única para quem testemunha este grande momento.